Uma lombalgia incomoda muita gente

Você sabia que a lombalgia está entre as principais causas de atendimento no Pronto Socorro e atualmente é a principal causa de afastamento do trabalho, segundo o INSS, 100 mil profissionais são afastados todos os anos devido a dores na região lombar.

A OMS afirma que 8 em cada 10 pessoas no planeta terão dor lombar pelo menor uma vez na vida, o IBGE mostrou uma estatística que 5,4 milhões de brasileiros afirmam ter algum problema na coluna.

Vamos tentar explicar o porquê isso acontece e como podemos evitar. A nossa coluna é dividida em 5 partes (cervical, dorsal, lombar, sacro e cóccix), os locais mais comuns de dor são a coluna lombar e a cervical, isso acontece porque esses segmentos são os que possuem a maior mobilidade e que sustentam as maiores cargas.

O que é lombalgia?

A lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior. A lombociatalgia é a dor lombar que se irradia para uma ou ambas as nádegas e/ou para as pernas na distribuição do nervo ciático.

Lombalgia podem ser classificadas quanto a sua duração em agudas, menos de 1 mês, que são na sua maioria autolimitadas e se resolvem mesmo sem tratamento; crônicas, mais de 3 meses, que normalmente necessitam de abordagem especializada; e subagudas, entre 1 mês e 3 meses de evolução.

A maioria das dores lombares é causada pelo “mau uso” ou “uso excessivo” das estruturas da coluna, esforços repetitivos, excesso de peso, pequenos traumas, condicionamento físico inadequado, erro postural, posição não ergonômica no trabalho e osteoartrose da coluna (com o passar do tempo, as estruturas da coluna vão se desgastando, podendo levar à degeneração dos discos intervertebrais e articulações). Outras causas incluem doenças inflamatórias como a espondilite anquilosante, infecções, tumores etc.

A lombalgia apresenta alguns fatores de risco, como tabagismo, obesidade, idade avançada, trabalho físico extenuante, trabalho sedentário, além de fatores psicológicos como desordem de somatização, ansiedade e depressão.

Como saber quando é grave?

O diagnóstico da lombalgia é essencialmente clínico e baseado na história e no exame físico do paciente, principalmente para aqueles pacientes com lombalgia aguda.

O médico deve investigar a duração, intensidade, características da dor, fatores desencadeantes e aliviadores, bem como a presença de sintomas associados, como dor, dormência, formigamento ou fraqueza muscular.

Exames complementares, como radiografias ou ressonância magnética, podem ser indicados em certos casos, especialmente quando há suspeita de patologia estrutural subjacente.

Como já foi falado, geralmente a lombalgia é autolimitada e não é grave.

Dor lombar na gravidez

A lombalgia é uma queixa comum na gravidez e já é algo esperado pelos médicos, sendo considerada apenas mais um desconforto. Entretanto, ela pode causar incapacidade motora, insônia, depressão, que impedem a gestante de levar uma vida normal.

Na gestação, acontece uma sequência de mudanças no corpo da mulher, seu útero está em constante crescimento, formando um abdômen protruso. Há o deslocamento de seu centro de gravidade, além da liberação de hormônios, como estrógeno e relaxina, que ocasionam um crescente afrouxamento dos ligamentos. Todas essas modificações causam uma lordose exagerada, fazendo com que ela sobrecarregue os músculos lombares e posteriores da coxa, gerando um processo doloroso.

Publicações recentes relatam que 70% de todas as grávidas têm algum tipo de dor lombar e que 20% dessas mulheres permanecem com fatores residuais do problema, semanas após o parto.

Existem algumas orientações que, quando seguidas, podem ajudar a evitar esse quadro. São elas:

Acompanhar os índices de ganho de peso. O intuito é manter um peso adequado e de maneira saudável.

Praticar atividade física regularmente, conforme orientações da equipe médica nas consultas de pré-natal.

Observar a postura corporal e mantê-la sempre correta.

  • Evitar o uso de sapatos de salto alto.

  • Evitar ficar de pé por longos períodos.

  • Evitar carregar peso.

Dicas para aliviar as dores nas costas:

  • Alongamento e postura

  • Travesseiro de apoio

  • Fisioterapia

  • Acupuntura

Tratamento

Embora cerca de 9 em cada 10 casos melhorem com tratamento clínico, exercícios físicos e fisioterapia, a cirurgia é indicada em situações de sintomas persistentes. Hoje existem várias técnicas que podem ser utilizadas para o tratamento cirúrgico das patologias da coluna lombar, desde cirurgias abertas com uso de hastes e parafusos até procedimento minimamente invasivos como cirurgias endoscópicas. Mas apenas o cirurgião de coluna poderá dizer o que está mais indicado em cada caso.

Conclusão

A lombalgia é uma condição comum que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas. Compreender as causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento da lombalgia é essencial para gerenciar eficazmente essa condição e prevenir complicações a longo prazo. Ao adotar medidas preventivas e buscar tratamento adequado, é possível reduzir o impacto da lombalgia e melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas afetadas.

Lombalgia-15